sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sobre a brevidade dos dias

Será mesmo verdade quando me dizem que a infância dos nossos filhos passa tão rápido que nem notamos? Que eles crescem, criam barba, saem para trabalhar e não tem hora para voltar e nem sentimos esse tempo passar? Digo que já estou experimentando isso, amigo espectador. Um filho que vi nascer ali, na minha frente, que vi aprender a engatinhar e muito rapidamente a andar, correr, falar. Este filho que dorme no meu colo em dias será um barbado me dizendo que arrumou uma namorada nova, ou que tomou outro fora (se for assim vai puxar o pai dele) ou que tirou uma nota ruim em biologia (idem ao parêntesis anterior).
A minha estratégia de aproveitar ao máximo todos os momentos torna-se, então, inútil, visto que ele vai crescer e não vai mais querer saber do pai velho contador de histórias dos anos 60 e outras chatices pré-geração "y", do pai que jogava bola na pracinha e colocava para dormir com cantigas.
Mas o que me restaria, senão tentar ganhar sua amizade?

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