domingo, 30 de agosto de 2009

A bênção da guitarra

Eu sempre soube da importância da bênção do sacerdote à pessoas e objetos, desde chaves de carro ou de casas, terços, medalhas, etc. Sempre soube também que os objetos bentos têm que ser tratados com muito respeito, não sendo permitido tocá-los no lixo, por exemplo: se um objeto abençoado tornar-se inutilizável, devemos queimá-lo (isso mesmo, atear fogo, em sinal de respeito à bênção recebida). Imagine se acharmos folhetos de Missa e "santinhos" no lixo?
Hoje o Padre Ladislau abençoou a minha guitarra que antes nada valia, e agora muito vale, pois tem a bênção de um santo em vida! Que privilégio.
Hoje com 32, abraço meu pai no seu aniversário percebendo o quanto o tempo passou, ele que já é vovô. Lembro das missas que assistíamos todos juntos. Lembro dos passeios de carro. Lembro da minha primeira guitarra no banco de trás do carro enquanto passávamos atrás do estádio do Clube do Povo do Rio Grande do Sul.

domingo, 16 de agosto de 2009

More Les Paul (parece que o cara detonava)...

Morreu o pai da guitarra elétrica

Lester William Polfus, mais conhecido como Les Paul, faleceu no último dia 13 aos 94 anos, por conta de uma pneumonia. Ele, juntamente com Adolph Rickenbacker e Leo Fender, literalmente construiu as bases do que hoje conhecemos como Guitarra elétrica. Nos últimos anos, mesmo doente, ele continuava tocando (além de fabricante de instrumentos ele era músico). Suas companhias nessas jams eram "pessoas desconhecidas" como Mark Knopfler, Bruce Springsten e Eddie Van Hallen. Vejamos quem são os outros "luthiers" que criaram a coisa:
-Les Paul: tentou de tudo, colocava microfones e captadores de som de telefones próximos às cordas do instrumento, mas sempre obtinha microfonias e um som não muito legal, por assim dizer. Ao construir um instrumento com madeira sólida e captadores eletromagnéticos, obteve o som que queria e ajudou a revolucionar a música moderna.

-Leo Fender: foi um pouco além descobrindo que, além de construir um instrumento sólido, seria possível também construir um instrumento com o braço aparafusado, tornando mais fácil a manutenção (embora se perdesse um pouco de "sustain").

-Adolph Rickenbacker: a forma como os baixos e guitarras Rickenbacker são construídos realmente revoluciona por ampliar radicalmente a potencialidade do executante do instrumento, no que diz respeito à segunda oitava. No entanto, seus contrabaixos são conhecidos por "trastejar" exageradamente.
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Não, você nunca me verá falando de política no meu blog. Prefiro publicar um post sobre o Tio Patinhas.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

...mas ele é artista!

Há uns posts atrás eu escrevi: "não sou artista".
Mas ao que parece meu filho cumpre à risca sua vocação!
(Sigo meu contrato vitalício de pai).



domingo, 2 de agosto de 2009

Sobre "blues boys" - sobre meditações.

Este é, sem dúvida, um dos mais famosos blues boys da história: B. B. King, ou "blues boy king". Esse termo (blues boy) define, normalmente, guitarristas que literalmente encarnam o blues nas suas guitarras e também nas suas vidas. O Blues pode ser definido como um som sofrido, melancólico, às vezes alegre, outras vezes simplesmente.... Blues. Quem não sabe a respeito do "maldito" Mississipi e dos campos de algodão, das origens dramáticas dessa mistura entre canto de escravos e o gospel das igrejas evangélicas americanas?

Riley Ben King nasceu em 1925 e começou sua vida justamente lá, no Mississipi, colhendo algodão. Depois tocava por uns trocados quando mudou-se para Memphis, berço dos músicos mais importantes do sul, naquela época. Seus solos são simples e lentos. Porém, sua técnica inédita e até hoje inigualável da mão esquerda (com um poderoso vibrato feito com o indicador), somada à sua potente voz negra, poderiam tranquilamente tê-lo dado o trono de maior guitarrista negro da história (se esse posto já não estivesse ocupado por Hendrix, xodó da mídia por conta dos seus experimentalismos).

Uma curiosidade é sobre o nome que ele dá às guitarras que toca: "Lucille". Conta-se que nos idos dos anos 40 houve uma briga no local onde ele tocava, e por conta disso dois marmanjos entornaram um barril de querosene, ateando fogo rapidamente em praticamente todo o local. Mesmo com o prédio em chamas, nosso bluesboy arriscou a sua vida metendo-se no meio do prédio para salvar a sua guitarra de 30 dólares. Uns dizem que os dois ébrios brigavam ferozmente por causa de uma mulher chamada "Lucille"; outros, que a própria teria morrido no local. O que fica dessa história é que o nosso bluesboy resolveu chamar a todas as suas guitarras de "Lucille" para lembrar-se "de nunca mais fazer uma coisa daquelas".

Outra curiosidade: ele presenteou o Papa João Paulo II com uma de suas "Lucille". "Ela está em boas mãos agora". Falou, bluesboy.

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Estou pensando, há dias, sobre o perdão e sobre a sua importância nas nossas vidas. Como é importante o perdão! Como sofre a nossa alma se não perdoamos alguém! Muitas vezes a própria Bíblia nos adverte a perdoar primeiro, e depois fazer as nossas ofertas. Sem dúvida, devemos perdoar muitas vezes todos os dias. O tempo está passando.

Muitos podem dizer: "mas isso que eu sofri, isso é imperdoável. Essa pessoa não merece e não terá o meu perdão". Realmente, humanamente é impossível encarar o perdão. Mas se o próprio Cristo perdoou não só os que o mataram, mas também a todos aqueles que recorreram e recorrem a Ele, nós, auxiliados pelo Espírito Santo, podemos perdoar também. Somente esse Espírito dará o verdadeiro sentido ao perdão concedido - e devolverá algumas noites de sono também.